domingo, 28 de março de 2010

"Nós, as Mulheres. Eles, os Homens"

Oi e aí, tá curioso prá ler o "tão" falado livro da Val? Leia, divirta-se e me fala se gostou!



Dedico este livro a todas as mulheres: Mulheres submissas, mulheres independentes, ativas, carentes; mulheres sensuais, mulheres eventuais, displicentes; mulheres perdidas, mulheres comprometidas, livres, afoitas; mulheres de um homem só, mulheres de vários homens, intensas, ciumentas; mulheres santas, mulheres açoitadas, mal amadas, magoadas; mulheres carinhosas, mulheres charmosas, inteligentes, presentes; mulheres vazias, mulheres vilãs, cautelosas, escandalosas; mulheres femininas, mulheres feministas, otimistas, sonhadoras; mulheres opressoras, reprimidas, verdadeiras; mulheres ativas, mulheres ativistas, faceiras; mulheres capazes, mulheres capachos, com caras e bocas, feias e loucas; mulheres indecisas, mulheres objetivas, negativas, fingidas; mulheres nervosas, mulheres gentis, amigas; mulheres místicas, mulheres sagradas, abertas, fechadas; mulheres agressivas, mulheres emotivas, sinceras; mulheres maravilhosas, mulheres gostosas, intuitivas por natureza, mães, filhas, amigas, companheiras, amantes, megeras, feras, diurnas, noturnas, donas do mundo.

Nós, as Mulheres


E a todos os homens: Homens másculos, homens machos, pacatos, alterados; homens simples, homens austeros, lindos, fortes, homens maus, homens casuais, envolventes, calientes: homens valentes, homens dementes, seguros, puros: homens jovens, homens velhos, viris, pueris: homens abertos, homens fechados, amados, amáveis: homens da caverna, homens das tabernas, cabisbaixos, voláteis: homens feios, homens bonitos, fortes, frágeis: homens ansiosos, homens insaciáveis, saudáveis, carinhosos: homens imprescindíveis, homens descartáveis, miúdos, rentáveis: homens preconceituosos, homens afetuosos, sagazes, cautelosos: homens por elas, homens sem elas, homens com elas, únicos, eróticos: homens românticos, homens semânticos, debochados, despachados: homens íntegros, homens covardes, imponentes, perigosos: homens grandes, homens pequenos, altos, baixos; homens eróticos, homens exóticos, caseiros, bagunceiros, homens cafajestes, homens cabras-da-peste, decentes, verdadeiros; homens de paz, homens de guerra, políticos, verídicos; homens ciumentos, homens feras, passionais, virtuais; homens calados, homens extrovertidos, sensuais, que amam por igual, que sentem, que choram, que riem, que adoram, sofrem, que têm dúvidas, inseguros, fracos, sonhadores, que planejam, que esperam, que vivem, morrem de medo de perder, de levar o fora, mas que se for preciso, saem pelo mundo afora a procura delas e elas por sua vez não vivem neste mundo sem...
Eles, os Homens

O que é o amor afinal? Como o homem descobriu o que é amar e ser amado? Por quê precisamos tantos uns dos outros? De onde surgiu afinal este sentimento: O amor!
Dizem os entendidos no assunto que tudo começou na época das cavernas. O homem nas limitações de sua mente em desenvolvimento sentia a angústia da solidão e seguindo seu instinto sexual buscava a companhia de uma mulher e que entre tantas alguma poderia lhe corresponder sua necessidade, ou seja, apenas sexo, nada de amor. Olhou no seu olhar e viu um brilho diferente, agarrou-a pelos cabelos e levou-a para morar com ele numa caverna escura. Por sua vez, aquele gesto agressivo, bruto, primário, trouxe ao coração dela, mais sensível desde o início, uma sensação diferente e ao entregar-se aos carinhos displicentes e autoritários dele, percebeu um calor e uma sensação gostosa de bem-estar e prazer. Desde então, após longas jornadas, várias conquistas, descobertas de novas terras e mares e a construção do mundo moderno, o homem e a mulher continuam a se procurar e a sentir a estranha compensação de estarem juntos. É que desde aquele primeiro instante se amaram!
Mas o amor não nasce feito. É sentimento a desenvolver pelo exercício da vida.
Centenas de mulheres se desiludem, vivem anos a fio sozinhas, acomodadas nas suas camas vazias, na mesa com um só prato, com uma escova de dente e desfazem longas ou curtas uniões porque sonham com um amor entregue a domicilio, embrulhado em papel multicolorido de fantasias e sem exigir o menor esforço. O homem ou a mulher perfeita não existe. Príncipes e princesas só em conto de fadas.

A vida é para ser vivida até onde ela pode ser esticada, sem rebentar. Por isso não force e não se esforce demais para que o “elástico” da vida não rebente antes do tempo previsto. A partir do momento em que você usar um pouco do seu tempo meditando, olhando para si, gostando de você, interessando-se pelos seus gostos, suas preferências e experiências sexuais, afetivas, conjugais, preocupando-se com você mesmo, pode ter a certeza de que tudo daqui para frente fluirá. Claro que você deve estar pensando neste momento, mas nem tudo e nem todos os dias são flores...; E quem aqui disse que é. Por certo muitos de vocês, homens e mulheres, já passaram por experiências desagradáveis, humilhantes, constrangedoras, muitos já devem ter levado o famoso “pé na bunda”, pagaram vários micos, tomaram vários “bolos” ou por outro lado passaram por experiências maravilhosas, divertidas, estranhas, intensas, românticas, envolventes.

A partir de agora vocês irão conhecer e se emocionar com a trajetória de duas mulheres, duas amigas, que se envolvem em várias aventuras, que confessam seus dramas, suas paixões, suas conquistas e suas perdas, as suas verdades, os seus medos e as suas opiniões sobre os mais variados tipos de relacionamentos.  Leiam e tirem suas próprias conclusões sobre essa estória que poderá ser a sua, a minha, a nossa estória...


CAPÍTULO I


Ana acordara com uma sensação estranha naquele dia. Sentia algo diferente no ar. Estava um tanto confusa em relação aos seus sentimentos e isto ela percebeu quando olhou Paulo pela cortina da janela de seu quarto. Ana assustara-se ao visualizar aquela cena: Paulo lavando seu carro, que mais parecia um animal de estimação. O som do rádio estava tão alto que Paulo nem notara a presença de Ana na sacada.

Ana ficou ali, como que paralisada no tempo, tentando encontrar naquele homem o amor da sua vida. Tentava sentir algo mais forte, aquele friozinho na barriga, aquele arrepio pelo corpo, aquela vontade imensa de abraçá-lo e beijá-lo ardentemente, mas não sentia mais nada por ele. Ana tentava resgatar do fundo da sua alma toda aquela paixão arrebatadora, aquela sede de amor que sentia por Paulo, mas sentiu que nada mais conseguia mudar aquela situação. Ela via por detrás da cortina um outro homem, um homem mais maduro, sem graça, sem açúcar, sem sal, sem pimenta. Ana então começou a chorar copiosamente, com uma tristeza e um vazio tão grande dentro de sua alma, que pensou que naquele instante o mundo iria desabar sobre os seus pés. Sentiu uma vontade imensa de gritar, de se atirar daquela janela diante de Paulo e fazê-lo acordar. Mas conteve suas emoções, olhou-se no espelho e viu que era ainda, apesar da sua idade, uma mulher bonita, atraente, charmosa. Olhava seu corpo ainda esguio, cintura fina, seios volumosos, cabelos compridos escuros, sedosos, olhos amendoados, enfim uma mulher interessante e inteligente acima de tudo.
Vestiu-se e desceu para o café da manhã. Regina, sua fiel e escudeira mãe e amiga, estava a mesa lhe aguardando.
- Bom dia filha, o que houve, dormiu demais?
- Oi mãe. Não estou me sentindo muito bem hoje. Estou com uma sensação estranha, diferente, não consigo descrever o que é.
- Você e Paulo estão bem? Vocês brigaram?
- Não mãe, não aconteceu nada. É comigo. Eu não estou legal. Aliás, ultimamente eu estou me sentindo meio estranha, parece que fora da realidade, fora dos parâmetros normais. Triste, vazia, inquieta, rebelde, com ódio das pessoas, do mundo, enfim meio paranóica mesmo. Acho que é isso.
- Credo filha, mas é paranóia mesmo. Acho que você deveria procurar um médico, um terapeuta, uma ajuda antes que seja tarde.
- Será mãe? Será que algum médico vai conseguir saber o que estou sentindo? São vários sentimentos misturados. É muito estranho, mãe. E hoje pela manhã quando acordei foi mais forte, parece que a partir dali, da cena que vi, tudo foi ficando mais claro...
- O que foi filha, me conta, você está me deixando curiosa.
- Bem mãe, hoje quando acordei fui até a janela do meu quarto e fiquei por alguns instantes olhando Paulo ...Bem eu pensei que ao vê-lo já pela manhã sentiria algo bom, um prazer talvez, vontade de estar com ele, mas pelo contrário, não senti nada, sabe o que é nada, mãe, nada. Um vazio tomou conta de mim, uma sensação de que aquele homem era um estranho pra mim, era como se eu nunca o tivesse conhecido.
- Mas não dá pra entender filha. Vocês estavam ultimamente como se estivessem em lua de mel. O que houve com todo esse amor?
- Não sei mãe. Talvez descobri que ele amava por nós dois. De minha parte mãe, te confesso que há muito tempo não sinto mais graça, mais amor ou paixão. Me sinto como se eu estivesse sendo levada, sem eu querer, me entende mãe?
- Ana, minha filha, porque você não convida uma de suas amigas para passar uns dias aqui com você?
- Ah, não sei mãe. Acho que isso é um assunto só meu.
- Bobagem filha. Liga para a Cristina. Assim você já tem notícias dela. Faz tanto tempo que vocês não se falam.
- Está bem, mãe, vou ligar agora para ela.
Ana e Cristina conheceram-se no jardim de infância da escola próxima a casa delas. Ambas nasceram na década de 60. Fizeram a faculdade de jornalismo juntas. Casaram, mas optaram por não terem filhos. Foram morar no mesmo bairro. Elas e os respectivos maridos encontravam-se sempre nos finais de semana, almoçavam juntos, passeavam, discutiam seus pontos de vista sobre vários assuntos, mas principalmente sobre relacionamentos. Mas um dia tiveram que se separar: Paulo conseguira um trabalho fora da cidade. As duas amigas então choraram, sofreram e descobriram o quanto é doloroso uma separação.

Um comentário:

  1. Influências de saga crepúsculo óbviamente!!!!! ass.: lucas machado seuuuu filho #)

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